segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Moleque Zinho

Moleque Zinho

O molequinho
Com a lata no lageiro
Sai correndo, sai ligeiro pra dona num te pegar.
Moleque Zinho
Moleque
Moleque solto
Moleque
Moleque gingo
Moleque
Pé de moleque
De mulato sabiá
Sabiá sobe
Sobe em cima da roseira
Faz o ninho na porteira
Pro moleque num estragar
Moleque Zinho
Moleque
Moleque doido
Moleque
Moleque doce
Moleque
Dá esse gosto pra tua mãe num te lascar
Pulo de gato
Pega fruto do vizinho
Dá teco em passarinho
E não para de aprontar
Moleque Zinho
Moleque
De juízo torto
Moleque
Num quebro coco
Moleque
E num para de brincar



Caio Flavoni

Floricultor

Escolho cada mulher como se fosse uma rosa.
Cada uma com seus pequenos detalhes e perfume para compor um lindo buquê de flores
Pra deixar mais agradável e belo o ambiente em que vou vivendo.
Vou continuar procurando novos jardins, novas flores e novos perfumes
Mesmo que seja pra voltar para casa achando que já tem bastante flores pelo meu caminho e resolva parar.
...
Nãããão...
Não vou parar.
Ainda tem muitas flores no jardim a me esperar.


Caio Flavoni

Uma Garrafa só

Um gole de sim
Outro que eu quis
Ainda pareço um bêbado sendo escorado pelo vento.
Troco os meus sapatos
Engulo sapos
Saio feito despacho
Vivo sozinho
Sem dividir ziriguidum e telecoteco
Outro dia
Um novo prato
Na janela
Óculo quebrado
Onde eu estava sentado
Pra cima ou pra baixo
Vira pra lá
Deixa que eu ache
Enquadrar abstrato na fotografia
Parece fácil
Não sei se sai
Falar embolado
Já to acostumado
Colorir o sorriso branco do chateado
Besta é você que está ai de braços cruzados
Foliar meu mau gosto
Divino é o sagrado
Brando ao tato
Não fui eu que quebrei
Fiado só se for no bar ao lado
Saí ou não saí esse calango recheado
Me traz um suco de melado
Assim eu fico
Até a garrafa acabar


Caio Flavoni