segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Uma Garrafa só

Um gole de sim
Outro que eu quis
Ainda pareço um bêbado sendo escorado pelo vento.
Troco os meus sapatos
Engulo sapos
Saio feito despacho
Vivo sozinho
Sem dividir ziriguidum e telecoteco
Outro dia
Um novo prato
Na janela
Óculo quebrado
Onde eu estava sentado
Pra cima ou pra baixo
Vira pra lá
Deixa que eu ache
Enquadrar abstrato na fotografia
Parece fácil
Não sei se sai
Falar embolado
Já to acostumado
Colorir o sorriso branco do chateado
Besta é você que está ai de braços cruzados
Foliar meu mau gosto
Divino é o sagrado
Brando ao tato
Não fui eu que quebrei
Fiado só se for no bar ao lado
Saí ou não saí esse calango recheado
Me traz um suco de melado
Assim eu fico
Até a garrafa acabar


Caio Flavoni