sábado, 20 de setembro de 2008

Lili

Não sei onde ela está.
Não sei pra onde ela foi.
A ultima vez que a vi ela saiu por aquela porta.
Falando que queria conhecer pessoalmente a vida
Eu só vi que ela saiu com um vestido lindo todo bordado a mão.
Pelas costureiras que moram lá na beira do rio dos encantados
Pés descalços, um anel de prata.
Uma flauta na mão e viola nas costas.
Tocava seu encanto de menina e cantava as suas beleza de mulher
Abrigava-se em sua liberdade na arte, que corria nas próprias veias.
Quando ela passou por mim me deixou fotografias, que tirava com os seus olhos azuis dos lugares e caminhos que já tinha passado.
E daí me perguntaram:
- onde ela está agora?
Falei:
- ela mora aqui por essas bandas do mundo afora, entre a estrada da poesia e a arte de encenar.
- Vive por lá, mas sempre sai de casa pra caminhar e nunca diz quando vai voltar.


Caio Flavoni